Luiz Antônio de Souza Silva

O promotor de Justiça Luiz Antônio de Souza Silva fala da inspiração que obtém junto a sua família (esposa e seis filhos) e de sua paixão pela literatura, iniciada há 25 anos por meio de artigos publicados em A Tribuna. Ele é autor de cinco livros.

 

Foto1O Promotor de Justiça Luiz Antônio de Souza Silva é um apaixonado pela literatura. A arte de escrever surgiu antes de sua entrada no mundo das leis. Desde 1990, escreve artigos para a coluna ‘Tribuna Livre’, do jornal A Tribuna: “Curioso é que, naquela época, eu  era solteiro, cursava o último período do curso de Direito e era servidor da Justiça Federal. Atualmente sou casado, desde 1995; pai de seis filhos (1996, 1999, 2003, 2005, 2008 e 2010); e Promotor de Justiça (1992)”, resume, ele, essa trajetória de 25 anos no mundo literário.

 

Literatura, sim, porque o doutor Luiz Antônio, recentemente, reuniu em um livro diversos artigos escritos por ele desde 1990 em A Tribuna. A obra se chama  “Artigo Cinquenta (...e alguns parágrafo§)” e é um dos  cinco livros produzidos pelo Promotor de Justiça genuinamente capixaba.

 

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Nascido em Vitória, Luiz Antônio de Souza Silva é casado com Claudia Gasparini e Silva, com quem tem seis filhos. Costuma dizer que, nas horas vagas, “de madrugada”, é corredor, incluindo maratonas.

 

Começou a trabalhar desde cedo, na quitanda do  ‘Seu Acyr”. Foi estagiário na Vale do Rio Doce, auxiliar de escritório de advocacia, bancário do Banestes, professor universitário (Ufes) e servidor da Justiça Federal. Hoje, além de Promotor de Justiça é escritor e realiza palestras.

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira a entrevista concedida pelo doutor Luiz Antônio de Souza Silva ao Portal da Associação Espírito-Santense do Ministério Público (AESMP).

 

AESMP – Quando senhor entrou para o Ministério Público Estadual?

Luiz Antônio de Souza e Silva – Em 25 de junho de 1992

 

– Como e quando surgiu o seu interesse de escrever artigos para a coluna ‘Tribuna Livre’, do jornal A Tribuna?

– O gosto pela escrita vem de antes.  A “Tribuna Livre”, devido à importância e amplitude do veículo de comunicação, foi uma decorrência natural  da vontade com a possibilidade, liberdade e responsabilidade da expressão no referido espaço.

 

– Quais os principais temas abordados em seus artigos nesses 25 anos de ‘Tribuna Livre’?

– Sinceramente, é difícil definir tema principal, já que gosto de escrever  sobre os assuntos mais diversos que importem à sociedade de maneira geral: política, economia, segurança, trabalho, família,  etc. 

 

– Quantas obras literárias o senhor já lançou?

– Cinco.

 

– Como surgiu a ideia ou o sonho de escrever o primeiro livro?

– À época tinha quatro filhos e já havia plantado algumas árvores...Conversando com a esposa sobre uma coisa e outra, ela me alertou que faltava o livro!  Tinha algumas opções, porém, já que os  “pensamentos” estavam fluindo bastante e porque “a inspiração é apenas uma simples e imperdível passageira dos seus efeitos”, durante alguns dias a caneta e o papel me acompanharam por vinte e quatro horas, inclusive ao lado da cabeceira da cama, surgindo, daí, o  livro “Pensamentos, Oh!”, em 2007, voltado para explorar e aguçar os sentimentos do ser humano com relação ao mundo em que vive (perceber, refletir, criticar, rir, gostar,...)

 

– Como foi o planejamento para reunir, em um só livro, artigos que o senhor escreveu em A Tribuna?

– Antes disso, em 2008, devido a “relaxamento consciente”, nominemos assim  a “refletida margem de oportunidade que oferecemos ao destino”, eu e minha esposa nos surpreendemos com a gravidez do quinto filho.  Que tristeza, que nada!   Já no outro dia, a ousadia me obrigou a acreditar que possuo algum dom para “filhósofo” e daí comecei a escrever “O Quinto Filho”, obra e graça devido à Liz (além dos outros filhos que lhe antecedem e o que veio depois), hoje com seis anos de idade, onde me dedico a abordagens político-sociológicas sobre a família no enigmático mundo contemporâneo.

Quanto ao livro de artigos, que se chama “Artigo Cinquenta (...e alguns parágrafo§)”, como já havia uma caminhada considerável,  reuni artigos vistos como mais relevantes nesses 25 anos e o resultado foi essa obra.  Para se ter ideia, quando iniciei (1990), sem pretensões de estabelecer uma sequência, eu  era solteiro, cursava o último período do curso de Direito e servidor da Justiça Federal.  Atualmente sou casado, desde 1995; pai de seis filhos (1996, 1999, 2003, 2005, 2008 e 2010) e promotor de Justiça (1992).

Curioso é que o primeiro artigo, “Voto na Legenda”,  é baseado na elevada crença da população, à época, na ideologia do então emergente PT, Partido que alcançou e mantém, já há algumas eleições, a Presidência da República, embora o grau de confiança tenha diminuído sensivelmente, não é mesmo?...  

A  propósito, foi um lançamento tríplice, somando-se às obras  “50 por Ora”, dedicada a crônicas cotidianas  e “Mulher 1 x Homem 1 – A Igualdade no Casamento”, uma abordagem do princípio da igualdade enquanto voltado para  a promoção do relacionamento conjugal e não para a prevalência de duas antíteses,   como, aliás, tem sido tônica muito comum ao se tratar de temas envolvendo homem e mulher, na atualidade.  A propósito, para não perder a oportunidade da propaganda, qualquer dos livros pode ser adquirido nas Livrarias Logos, inclusive através do sítio eletrônico. 

 

– O senhor tem uma extensa atividade diária: Promotor de Justiça, escritor e também, digamos, atleta. Como a atividade física entrou em sua vida e qual a importância da prática esportiva para um profissional como o senhor?

– Sou da época em que os “pés descalços” imprimiam ritmo naturalmente acelerado na vida.  Não iniciei porque isso era importante, mas porque, de alguma forma, surgiu enquanto ainda era muito novo.  Aliás, durante o ensino primário,  à época, existia forte estímulo do JEMVI (Jogos Estudantis Municipais de Vitória) onde participei de algumas provas de atletismo (era ruim em todos esportes de quadra, diga-se de passagem!).

São vários fatores que contaram até que efetivamente comecei a participar de “corridas de rua” há mais de 20 anos.  Gostei!  O resto veio por grata consequência, como demonstra a atual importância que se dá à atividade física, com base na proliferação de  incontestáveis estudos que realçam os seus benefícios, especialmente  no tocante à qualidade de vida.

A propósito, considero tão relevante a atividade física – no meu caso a “corrida de rua” – que comemorei, recentemente, o meu aniversário de 50 anos me dedicando a três eventos: o lançamento dos três livros, uma Missa em Ação de Graças e uma corrida de rua, na Praia de Camburi. 

 

– De que forma a família ajuda na atividade literária?

– Toda!  A família é a minha maior fonte de inspiração (... e respiração!).  No fundo, por mais que percorra caminhos bem diversos,  o ponto de encontro dos meus escritos, implícita ou explicitamente, se dá nela, por ela e para ela. 

 

– Como surgiu a ideia de lançar um blogue para postar suas crônicas e artigos?

– Na verdade  é voltado para crônicas e pensamentos.  Surgiu para dar vazão à liberdade das ideias, sem tanta preocupação se alguém vai ou não ler, já que a escrita, em si, para mim, consagra grande realização.  Assim, o blogue é um espaço despretensioso, mais intimista, mesmo porque não tenho condições de me preocupar com formalidades, como  responder a eventuais comentários, por exemplo.

 

– O senhor se considera um cronista que retrata o cotidiano da sociedade contemporânea?

– No fundo, os meus escritos são baseados nesse retrato, ainda que não seja gratuito, pois, mesmo que erre na execução,  tenho o incontido interesse de contribuir na tentativa de que seja melhor.



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